Entregadora denuncia golpe em consórcio de moto e alega prejuízo de R$ 3 mil

Vítima diz ter dado quantia a vendedor, mas que tudo não passava de um golpe. Suspeito foi indiciado pela Polícia Civil por furto. Uma entregadora diz que f...

Vítima diz ter dado quantia a vendedor, mas que tudo não passava de um golpe. Suspeito foi indiciado pela Polícia Civil por furto. Uma entregadora diz que foi vítima de um golpe dentro de uma loja de motocicletas, na Penha, na Zona Norte do Rio. Ela teria pago R$ 3 mil de entrada de uma moto, que seria usado para o trabalho, mas depois descobriu que o financiamento era falso. O crime teria acontecido há 7 meses e, até hoje, a vítima luta para conseguir o valor de volta. A vítima, que prefere não se identificar, conta que foi atendida por um funcionário uniformizado e que usava crachá da loja. Ele teria, então, passado informações com todos os detalhes sobre a venda da moto e pediu um Pix de entrada. A mulher conta que fez a transferência bancária dentro do local. "Eu tinha uma moto um pouco mais usada. Eu vendi eu peguei esse dinheiro para dar entrada em uma moto melhor para meu trabalho. [Lá na loja] Ele escaneou esse QR Code no computador e eu fiz o pagamento. No recibo do Pix vinha descrito o nome da moto, a cilindrada e o motivo do pagamento. Só que a conta era pessoal dele", lembra a mulher. Sumiço de vendedor e outras vítimas Ainda de acordo com a compradora, próximo do dia de retirada da moto, o vendedor identificado como Guilherme da Silva sumiu. A mulher disse que foi à loja para ter informações e teve mais uma surpresa. Sede da Honda, na Penha Ronaldo Cordeiro/TV Globo "Deveria ter mais ou menos umas 8, 9, pessoas com o mesmo problema [vítimas do golpe]. Todo mundo nervoso, querendo a moto que havia sido pagam. Mas, simplesmente, não tinha moto para ninguém", relata. Após cair no golpe, a vítima foi até a delegacia da região e registro um boletim de ocorrência. A Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor está acompanhando o caso. "Nunca devolveram o dinheiro. Disseram que não poderiam devolver o dinheiro porque o valor caiu na conta do vendedor e não da loja. Também falaram que não podiam fazer nada sobre a moto. Isso mexeu muito comigo. Ele levou o que eu tinha, que era a minha ferramenta de trabalho. Eu fiquei com mãos atadas e até hoje eu estou nesse problema", relata da compradora enganada.   O outro lado A Polícia Civil informou que concluiu o inquérito e encaminhou para o Ministério Público. Guilherme da Silva foi indiciado por furto. O Grupo Pernambuco Motos, responsável pela concessionária, lamentou e repudiou práticas que possam lesar os consumidores. O conglomerado disse que não houve qualquer participação da empresa e que se coloca à disposição das autoridades. O grupo destacou que espera a conclusão das investigações com a punição do responsável. O advogado da concessionária prometeu que o valor do sinal será pago à mulher. O RJ1 não conseguiu contato com a Honda. Guilherme Silva não foi encontrado.